terça-feira, 31 de julho de 2007

rock gaúcho é a senhora sua mãe!!!

"siá maria tem 7 fio, todos 7 pequeninho, panelinha pequenininha, todos 7 querem comê! ora bate canela que eu quero vê! ora bate canela que eu quero vê!!!" o lp chamava "rosa de ouro", foi presente de um tio que morava no rio de janeiro e depois foi morar na europa, de onde ele mandaria também dylans a granel que encheriam meus dias nos anos 70. mas rosa de ouro era ainda nos 60, foi o primeiro lp que eu tive, junto com outro chamado "the many moods of harry belafonte"! clementina de jesus em "rosa de ouro", harry belafonte cantando em africano com miriam makeba, muito antes do sucesso de "pata pata". e dizem que eu faço parte do rock gaúcho! mas vão se fuder com todas as letras enfiadas sabem bem aonde! indignações à parte, me parece, tentando ser minimamente racional, que tudo isso me vem à mente ou soçobra na minha doença mental intinerante por conta de "bobby", filme dirigido com muita competência por emilio estevez com direito à participação, claro, do papai martin sheen. e do sempre memorável - ao menos para mim - harry belafonte, uma espécie de grandfather dessa tal de world music, em nome da qual tanta merda se tem cometido. mas tem sido sempre assim. foi assim com a tal fusion ideada por miles davis e deturpada incontáveis vezes por punheteiros da música instrumental (não se pode chamar aquelas "coisas" de jazz... let's show some respect por miles himself-coltrane-mingus-dolphy-e-por-aí-afora). de qualquer maneira, ainda procurando manter um mínimo de lucidez e credibilidade, eu queria dizer a você que parou para ler essas linhas, sabe-se lá porquê: vá ver "bobby". estevez, que nunca foi muito mais do que um ator apenas regular (simpático, dirão alguns) consegue ser um cineasta bem competente. claro está em "bobby", que ele mamou demoradamente nas tetas prolíficas de gente grande como altman e scorcese. mas isso não é nenhum demérito, muito antes pelo contrário...
marsupiais alcoolizados dirigindo perigosamente na auto-estrada. o coiote, assustado com o brilho dos faróis de luz alta, estacou em meio do nada, no meio da pista: crashtrrrrkklaghtranghsmashingpumpkingsblietzkriegerahhhbandolo! marcas de pneus no asfalto, rangido de dentes, sublinhando a tentativa inútil do freio pisado sem resultares em coisas desinconsequentes. insubordinação verbal!!!, ele berrava do fundo dos pulmões massacrados por anos de nicotina, alcatrão e outras coisas tantas. "a nicotina é só uma das 97 substâncias tóxicas presentes no cigarro" (ou seriam 67? 87?, enfim, foda-se a indústria tabagista, anyway!!!), é o que dizia uma amiga minha que trabalhava na escrota souza cruz lá nos distantes anos 70 que os jornalistas da folha de são paulo, sempre seguindo a moda americana - como bons cordeirinhos - grafam como os anos 1970, para que o leitor, tratado assim como semianalfabeto, saiba que se está a falar dos anos 70 do século passado, ou seja, o tal de século 20 que tinha também os anos 80, carroça que perdeu o condutor, conforme apregoou raulzito maluco beleza de carteirinha que se fazia de mais louco do que já era só pra poder passear na janelinha da ambulância. mas tudo isso não importa muito agora que eu não quero mais nem ouvir falar do teu nome pois el mundo fué y será una porquería, yo lo sé, en 1506 y en el 2000 también. tudo isso em memória aos tempos iniciais desse tao século 21 quando eu entornava garrafas de sirah com el español selvajen wander wildner. agora, uma coisa é certa e todos sabem disso: não há leite derramado que valha as lágrimas amargas de petra van kant. ou seria emmanuel kant vagando sin destino por entre os túmulos de pére lachaise, em busca da paz perpétua ofuscada pelas ilogicidades das razões espúrias? enfim... continua! ou não?!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

o tico-tico lá...

tico-tico com hífen? sei lá. malandragem cabotina disfarçada de ares pomposos. as palavras tem cores e intensidades, tem tempos e outras musicalidades vestidas de ousadias maiores ou menores. os tenores cantam sem dó, trocadilhos improrrogáveis espiando por detrás das gargantas intumescidas. calosidades nas cordas vocais, a pífia sina maldita do tenor de maus cantares. "os britânicos, além daquele sotaque pavoroso, ainda falam baixo demais", ele disse a troco de comentário, meio assim dizendo por dizer. mas afinal de contas, não é qualquer fedelho que se acocora por trás dos mármores dos tribunais desfeito de todos os constrangimentos intestinais. sabotagem na esquina, a lua invadiu meu olho na hora da zona morta. gatos e cães não se odeiam por vontade, mas por instinto. os homens, não. cultivam ódios com refinados deslindes, sofisticados permeios. às vezes o fazem tão bem que conseguem fazer o ódio parecer admiração funesta, abjeta. daquelas que nem puxa-sacos rematados de indelével devoção servilista são capazes de realizar. macuco piou na mata, nhambu replicou tres vezes. a morena dos meus sonhos - e do meu destino - ainda está por aí. quem sabe dobrando a rua, ou mesmo cruzando a praça. pronta pra me atacar como raio da lua assassina, encravando para sempre e todo o tempo, sua imagem corriqueira no âmago do meu coração contrito. favos de mel eu nunca tive vontade de chupar, no entanto, e o digo com toda a convicção. sempre me pareceram coisas sem graça para não dizer nojentas. melhor, certamente, os meu pequenos lábios sugando os seus (dela) grandes lábios molhados ao ponto de escorrer aquele mel tão mais nectaroso e nutritivo pela minhas garganta abaixo, garganta desintumescida, de quem não é tenor mas barítono de profissão.

mas elas sempre dizem "pois é..."

se eu não soubesse, há muito tempo, que as mulheres são todas - umas mais, outras menos, mas todas inevitavelmente - loucas, eu diria que foi de propósito. que foi coisa assim pra machucar meu coração como naquele samba muito antigo que o joão gilberto regravou naquele monumento da bossa nova, o disco com stan getz & jobim & a astrud cantando garota de ipanema tão lindamente. mas eu sei que é tudo movido pela loucura, pela constante insatisfação, pela ânsia de se ver aprovada. "você acha que eu fico melhor com essa blusa marrom ou com a laranja?" ou "você prefere meu cabelo curto ou comprido?" ou "o que você acha do meu novo namorado?" e quando ela diz que se preocupa contigo, apesar de todas as destemperanças e contrapontos, não é nenhuma mentira, não. é o tal lado maternal misturado com algum complexo de electra que terapeuta nenhum (nem uma!) vai resolver. e quando ela te magoa, é tu quem te magoas - seu masoquista empedernido! - porque ela não acha que tenha feito nada demais. e então ela ri e diz "ah, isso?!", e emenda um ainda mais casual "pois é...", como se fosse coisa de pouca ou nenhuma importância. certamente bem menos importante que aquela meia desfiada, que ela a-do-ra-va!!!, ou que o tal gatinho - o felino propriamente dito - que ela viu abandonado na calçada do edifício voltando pra casa no meio da madrugada. é a tal natureza femina. você pode, e deve, amar ( sempre e muito!), idolatrar (às vezes...), venerar (esparsamente...), endeusar (muuuuito raramente!!) uma mulher. mas faça um grande favor a si mesmo: nunca tente entendê-la plena e globalmente. de qualquer maneira, a troco de consolo - se é que isso serve de consolo - saiba que o resultado de toda essa equação destrambelhada é - invariavelmente: ruim com ela, pior sem...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

será q agora vai?

desandei-me de afazeres e coisicas e muito de preguiça misturado nesse tumulto todo quando eis que, então, lembro-me do tal blog. but i've been sleeping like a log... o ultimo post em fevereiro? la pucha! que carnaval mais longo esse. e agora q to postando de novo, fica essa janelinha do safado do bill gates perguntando se eu quero atualizar o cacete do windows. q atualizar o catzo! ô bill! vai atualizar a bacurinha da senhora sua mãe!!! ora faça-me o favor. mas daí o ponto principal é, como estabelecido no título do post: será q agora vai? será q ainda acredito em mim. será q alguém ainda acredita q eu vá retomar o controle desse blog de maneira efetiva, eficaz, séria e compenetrada? hua hua hua!!! tsk tsk tsk! já ouço as risadas da roberta e as interjeições muttleyanas de outros tantos... mas eu vou desmenti-los. e vou desmentir a mim mesmo. sim, acho que agora vai. apesar do frio q mesclado com a idade em estado avançado. apesar de tudo q aconteceu nesse país entre este post e aquele último de fevereiro. apesar dos penares, das malas a menor. uma coisa eu confirmeu entre o último grito de carnaval e a primeira geada na pampa pobre: nunca mais abro mão do meu anarquismo utópico/idílico/idiótico/impertinente/infantilóide. não verás voto nenhum, jamais, ó candidato de qualquer partido ou parte do país. voto nulo. só não voto nu pq posso pegar friagem, o q não convem no meu estado de consciência alterada e idade amortecida... mas agora vai o blog ou eu não me chamo... qual é mesmo meu nome? deixa estar, ser e manter. existir é muito mais que ouvir o presidente da república pisotear no português cada vez q abre a boca. existir é bem melhor apesar da já mais do que cincocentenária herança maldita daquelas açorianos estúpidos q começaram a fazer desse país essa imensa esbórnia q temos hoje. consolo-me (consolemo-nos): não é só por aqui q as coisas vão de mal a pior. é preciso peito para dizer que ainda se busca paz & harmonia nesse mundão onde parece que só a violência foi globalizada como artigo de primeira necessidade. quem tem medo de brincar de amor? quem tem medo de pedir perdão? não eu, certamente.