terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
sopa de minestrone
ela era uma coisa mezzo jean seberg em acossado mezzo audrey hepburn loira. uma esfinge na mesa do bar esperando pela cavalgada final dos quatro post sripti levantando poeira pela rua principal da cidadezinha de bosta encravada no cu do sul do mundo onde não só era quente como era absurdamente insuportável. os telecotecos carnavalescos ainda ecoavam pelo ar quando se ouviu roberto carlos (ou o que seria o eco da voz de roberto vinda de algum transantlântico em cruzeiro inimaginável!) cantando que de hoje em diante eu ia modificar o meu modo de vida pois naquele instante em que ela partiu um tsunami estourou meus tímpanos já devidamente abalados por uma oportunista otite externa de verão embora eu sequer tivesse ido à praia, piscina, lagoa ou coisa que o valha. navalha na carne pra não perder a rima, enfim. até porque tudo muda o tempo todo no mundo, como já entoou sabiamente lulu santos emulando os antigos textos taoístas do i ching, com os quais aquele tal de carl gustav jung resolveu se meter deixando-nos todos enojadamente a ver navios que nem tampouco eram o transatlântico que conduzia o rei roberto e seu séquito de servidores todos carregando chapinhas para manter devidamente lisos os reais cabelos. e pronto. ou ponto.
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