sexta-feira, 14 de setembro de 2012
tanto foi ao tanta faz que acabou entrando de gaiato, de soslaio, como um sorridente e imaginário gato de alice. as bochechas rosadas eram mais de vergonha do que de calor ou qualquer circunstância ambiental. disparando dardos envenenados para todos os lados, cruzou o pátio central da aldeia engurupindo medos ancestrais e pavores sucedâneos até chegar à centésima terceira margem do rio que coincidia inapelavelmente com os irrestritos círculos concêntricos gerados pela aurora boreal surgida a partir da passagem da cauda e da cabeça de um cometa não plenamente identificável. embora os cientistas todos soubessem, soberba e soberanamente, do inevitável choque, preferiram ficar quietos como cães de guarda bem treinados para evitar correrias e pânicos coletivos absolutamente desnecessários.
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