terça-feira, 6 de outubro de 2009
trip on time
quem haveria de dizer que há tantas coisas inauditas pelos mundos afora. foi assim que ele descobriu que a paixão era apenas a cereja no topo do bolo. o que valia mesmo era a interação química. quando ele meteu o pau fundo naquela bucetinha dos deuses alguma coisa brilhou lá no fundo de seu cerebelo e ele, num repente medonho, entendeu todo aquela conversa sobre entropia positiva do sistema. foi então que, só por garantia, sapcecou mais umas duas horas e meia de foda sem intervalos, a não ser aqueles pequenos intervalinhos pré-determinados pelos sábios taoístas para garantir o entesouramento do chi. ou seja, em linguagem que os bagaceiros da sinuca entenderiam, evitar uma gozada antes da hora. teve um momento lá em que ele quase começou a rir e ela perguntou o que havia de tão engraçado e ele disse "nada, nada, nada", lembrando da cara do betão dizendo "tem que gozar na cara da vagabunda!" mas que nada: dela, ele queria todo o gozo do mundo, enquanto se resguardava pra evitar o inútil derramamento do chi entre as muitas estocadas rasas e fundas que a faziam quase que flutuar sobre o lençol àquela altura empapado de suores... suores, cheiros, gostos. tudo a mais pura química. daí então ele até podia arriscar um "eu te amo" quando na verdade só estava querendo dizer "viva a química!"
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